USAR PROTECTOR SOLAR SIM OU NÃO?

Os protetores solares sempre foram aconselhados pelos médicos e dermatologistas como preventivos do cancro de pele e de envelhecimento cutâneo. Investidos milhões de Euros em publicidade, os protectores solares são usados de forma massiva, obrigatória e sem limites. O contrassenso é que, apesar destes esforços e o mercado dos protectores solares crescer em todo o mundo, o cancro de pele também não para de aumentar.

No início do século XX o melanoma era considerado raro; contudo, a sua incidência tem aumentado em 4-8%/ano. Dados de Portugal fornecidos pelo Registo Oncológico Regional (ROR) colocam a incidência de melanoma em 6-8 casos/100.000 habitantes, sendo esta incidência semelhante à verificada nos países do sul da Europa (nomeadamente Espanha e Itália). Surgem 100 novos casos por ano, ao mesmo tempo que um estudo da TGI da Marktest mostra que são mais de 5 milhões de Portugueses a utilizar protectores solares e/ ou autobronzeadores.

Estudos recentes levantam muita preocupação no uso de protetores solares existentes no mercado. Os cremes protetores que colocamos na nossa pele, apesar de bloquearem parte de alguns raios solares nocivos, são absorvidos pela pele e libertam substâncias tóxicas que entram na circulação sanguínea. Existem cerca de 150 substâncias tóxicas relacionadas com incidência de cancros que são usadas em produtos cosméticos nomeadamente protectores solares. Por outro lado, por acharmos que estamos protegidos, exageramos na exposição solar. A obsessão de colocar protetor várias vezes por dia aumenta a quantidade de substâncias tóxicas que colocamos na pele, para além de não nos deixar produzir vitamina D que hoje em dia já é considerada por muitos uma “vacina” anti cancro e anti inúmeras doenças.

Há vários aspectos a ter em conta quando analisamos os protectores solares

 

  • A maioria dos protetores não protege das radiações perigosas

 A maioria dos protetores à venda nos supermercados protege dos raios UVB mas não das radiações verdadeiramente perigosas e correlacionadas com o cancro de pele – UVA e a radiação Gama.

Os raios solares emitem raios Gama, UVA e UVB. Estes últimos, os UVB, são os raios que provocam as queimaduras, eritema solar e os que favorecem a produção de Vitamina D e são os anulados através da aplicação do protector solar. Os raios UVA e radiação Gama têm efeitos verdadeiramente nocivos: são os grandes provocadores de melanoma ou cancro da pele.

Quando se coloca protector solar normalmente reduz-se também a preocupação com o tempo de exposição por se achar que se está protegido e porque a pele deixa de nos dar o sinal de excesso de sol. A colocação do protector solar permite – nos estar mais tempo ao sol, mas afinal estamos a favorecer o aparecimento de um mal maior.

 

  • O índice de proteção induz em erros

 No momento de aquisição de um protetor solar, o consumidor atento e que se julga informado, procura aquele que tem um fator de proteção solar maior ou que acha ser o mais indicado para a sua pele.

Estará a agir corretamente? É importante comprar um protetor de acordo com o tom de pele de cada um? Quanto maior a proteção melhor?

SPF (Sun Protection Factor)ou, em português, FPS, diz respeito ao Fator de Proteção Solar e é aquilo que mais salta à vista, quando se trata se escolher um protetor solar.

Mas afinal o que é o SPF? Conforme foi estabelecido pela FDA  (USA Food and Drug Administration), este destina-se a medir a quantidade de proteção que o produto confere à pele, contra as queimaduras provocadas pelos raios UVB.

Vejamos então a sua ação:

  • SPF 15 bloqueia 93% da radiação UVB
  • SPF 30 bloqueia 97% da radiação UVB
  • SPF 50 bloqueia 98% da radiação UVB
  • SPF 100 bloqueia 99% da radiação UVB

Assim, este fator indica em quanto tempo um protetor aumenta a capacidade da defesa natural da pele, antes de queimar. Por exemplo, uma pessoa cuja pele normalmente queime passados 10 minutos de exposição solar, com um SPF 15 estará protegida 15 vezes, o equivalente a mais ou menos 150 minutos ou duas horas e 50 minutos.

Se usar um protetor com fator 50 que bloqueia 98% dos raios e se o seu tempo de queimadura for 10 minutos, isto significa que com uma aplicação fica protegido 10 x 50 – 500 min ou seja 8.3 horas.

Tendo em conta esta explicação, porque será que a maioria das pessoas colocar protectores solares com altos SPF e aplica várias vezes ao dia? Para além da pele não ficar protegida contra os raios nefastos, aumenta-se o tempo de exposição ao sol e a quantidade de substâncias químicas potencialmente perigosas que penetram na pele e podem ter diversos efeitos indesejados. A quantidade de substâncias químicas absorvidas é maior quanto maior for o SPF. O factor 15 tem menor concentração de substâncias químicas do que o SPF 50 que, para agravar e sem qualquer efeito benéfico, se aplica várias vezes ao dia.

Segundo o Dr. Steven Q. Wang, diretor do Dermatologic Surgery at Memorial Sloan – Kettering Cancer Center, em Basking Ridge, New Jersey, os indivíduos que aplicam SPF mais altos podem não ter eritema solar e não se bronzearem, mas se o protector não tiver ingredientes que protejam os UVA, aumentam o risco de lesão.

É importante também desmistificar o conceito de proteção (bloqueio da radiação) versus o valor do SPF, uma vez que o dobro do valor do factor não significa o dobro da proteção.

  

  • Os ingredientes de muitos protectores são potencialmente cancerígenos

 Os protetores solares mais comuns no mercado funcionam como filtro químico. Ao aplicar estes produtos diretamente na pele, há absorção dos seus ingredientes para a corrente sanguínea. As moléculas presentes nos protectores solares absorvem a radiação nociva para a pele (como a radiação UVB e UVA em alguns casos), transformando-a em uma radiação de baixa energia, não nociva para a pele (como calor). Desta forma, é criada uma espécie de proteção química que reage com os raios solares, minimizando a sua penetração na pele.

O que se ouve diariamente é que se deve usar protetor solar em adultos e crianças para prevenção de cancro de pele e para evitar escaldões, mas será que estes ingredientes são seguros?

 

Vejamos 2 exemplos bem comuns:

  1. Protetor contendo vitamina A – apesar de parecer que pode ser benéfico para a pele a presença desse antioxidante em alguns protectores, este surge sob a forma de palmitato de retinol, um derivado que se tem mostrado indutor de lesões e de cancro de pele, quando aplicado topicamente e exposto à luz solar. Mesmo com a FDA a avaliar a sua retirada do mercado, ele ainda está presente em diversos produtos, apesar dos estudos já serem bem conclusivos. A recomendação é que se evite este tipo de produto contendo vitamina A, palmitato de retinol (retinyl palmitato), retinol, acetato de retinol (retinyl acetato), linoleato de retinol (retinyl linoleato) e ácido retinóico.
  2. Oxybenzone (Oxibenzona) – um ingrediente bem popular na composição dos protetores solares, acredita-se que cause alterações hormonais e lesão celular que pode provocar cancro. Esta substância atua como disruptor endócrino, agindo como se fosse hormonas. A mimetização dos estrogénios naturais leva a alterações graves relacionadas com cancro de mama, útero, ovários, próstata, alterações na produção de espermatozoides nos homens e endometriose nas mulheres. Apresenta também altas taxas de reação alérgica na pele.

A oxibenzona pode assim atuar como o que é conhecido como disruptor hormonal, ou seja, um produto químico que tem a capacidade de atravessar as membranas celulares e interferir na produção hormonal natural do corpo. Por outro lado, diversas pesquisas revelaram que os produtos químicos comumente usados ​​em filtros solares são desreguladores endócrinos, estrogénicos e que podem interferir com a tiroide e outros processos hormonais no corpo.

Ainda mais alarmante? Dos mais de 1.400 filtros solares testados pelo EWG (Environmental Working Group – https://www.ewg.org/sunscreen/), apenas 5% atingiram os padrões de segurança e mais de 40% foram classificados como potencialmente perigosos e associados ao cancro de pele. Porque é que ninguém usa esta informação?

 

  • O uso de protectores solares sem moderação também contribui para os défices severos de Vitamina D

 

OS BENEFÍCIOS DO SOL

A principal fonte de Vitamina D é a produção pela nossa pele quando exposta aos efeitos dos raios solares. A quantidade fornecida pela alimentação é mínima ou nula. Mas para obter-se a dose diária é necessário uma exposição também diária.

Hoje em dia, infelizmente, a maioria da população ocidental assumiu um estilo de vida que não é compatível com a exposição solar diária. Passamos os dias em casa, no escritório, nas deslocações de carro entre garagens e lojas, escolas, hospitais, lares etc.

Por ouro lado, tem-nos sido incutido a obrigatoriedade do uso de protetor solar diário, o que inviabiliza a produção de Vitamina D eventualmente conseguida à custa do pouco sol que apanhamos.

A forma de vida moderna está a criar défices massivos de vitamina D nas populações que apenas poderá ser compensado com uma toma diária de um suplemento de Vitamina D, sob a forma de óleo ou de comprimidos.

 

IMPORTÂNCIA DE MANTER VALOR ALTOS DE VITAMINA D3

Milhares de estudos têm sido publicados que correlacionam as baixas doses de vitamina D3 com inúmeras doenças. Um grande estudo publicado em Junho de 2014 no British Medical Journal indicou que taxas baixas de Vitamina D estão ligadas a um aumento da mortalidade de 57% e aumento da incidência de uma serie de doenças.

E contudo, apesar destes benefícios incomparáveis para a saúde, estima-se que 80% da população tem uma insuficiência em Vitamina D.

Os estudos clínicos da Mayo Clinic, de Harvard e do American Journal of Clinical Nutrition confirmam que a vitamina D3 pode ajudar:

  • Na saúde das articulações, ossos, densidade óssea
  • Sistema imunitário
  • Risco cardíaco e cardiovascular
  • Obesidade
  • Reduzir o risco de TODOS os cancros em cerca de 60 a 80%.
  • Inibir a angiogénese, o crescimento de novos vasos sanguíneos que permitem a disseminação de células cancerígenas através do corpo;
  • Aumentar a esperança média de vida em cerca de 60%
  • Reduzir risco de depressão e demência;

Segundo Dr Michael F. Holick, um dos maiores especialistas em Vitamina D3, a deficiência de vitamina D3 é provavelmente a causa mais comum de doença.

 

QUAL A ALTERNATIVA AOS PROTECTORES SOLARES QUÍMICOS?

Existe uma real e segura alternativa aos protectores solares químicos. Os protectores solares minerais estão à venda por todo o lado e são acessíveis a todos.

 

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Bibliografia:

https://www.ewg.org/sunscreen/

https://www.drrondo.com/spf-protetor-solar/

https://www.health.harvard.edu/staying-healthy/the-science-of-sunscreen

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-07-11-Risco-de-cancro-

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2214750017300288

https://wellnessmama.com/55366/sunscreen-is-harmful/

https://vitaminadbrasil.org/2013/02/19/7-coisas-surpreendentes-que-voce-deve-nao-saber-sobre-a-exposicao-de-luz-solar-e-protetor-solar/

http://www.naturalnews.com/023317_skin_chemicals_products.html#

 http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-07-11-Risco-de-cancro- o-consumo-de-sumos-naturais-pode-ser-tao-mau-como-o-de-refrigerantes?f bclid=IwAR1kim232vcA2BM6GxQ2UDD1evsWbYnZWWaiP6sfchO8aG17IxkyYoFjNIQ

https://amp.ecycle.com.br/2226-oxibenzona-protetor-solar

https://www.noticiasaohttps://www.conasi.eu/blog/consejos-de-salud/alimentacion-para-la candidiasis/minuto.com/lifestyle/1247517/quimicos-cancerigenos-nos-protetores-solares-sao absorvidos-pelo-sangue


Alexandra Vasconcelos

Farmacêutica, Naturopata e Fitoterapeuta

Especialista em Medicina Natural Integrativa, Biorressonância e Medicina Bioreguladora.

Pós graduada em Nutrição Oncológica, Nutrição Ortomolecular e Medicina Integrativa e Humanista

Membro de:

ASEPROIM – Associcion Española Profesional en Nutricion y Medicina Integrativa

AEMI – Associacion Española de Microimunoterapia

Associação Internacional de Homeopsinetologia

Autora dos Livros: “ O segredo para se manter Jovem e saudável” e “Jovem e saudável em 21 dias – Programa para reeducar o seu sistema imunitário, prevenir e reverter doenças”

Autora dos Cursos Dharma5 – Jovem e Saudável e BioReset21D

Diretora técnica das Clinicas Viver