OPEN DAY SAÚDE ORAL DAS CRIANÇAS21 junho das 11h às 19h

Porque a saúde das crianças é para nós muito importante, este mês as Clínicas Viver dedicam um dia a todas as crianças e adolescentes para que eles possam vigiar a sua saúde oral com um rastreio completo de medicina dentária efetuado pela nossa odontopediatra.

Se o seu filho tem até 18 anos, não perca a oportunidade de fazer este rastreio.

Sujeito a marcação e com vagas limitadas.

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278x170_open_day_saude_oral_criancasA Cárie Precoce da Infância (CPI) surgiu para substituir os termos de cáries de biberão e cáries rampantes. Estes termos anteriormente utilizados referiam-se a uma relação causa-efeito, sendo considerados redutores por apenas referirem alguns dos factores causais e não darem uma ideia global da doença.

Os primeiros dentes a serem afectados são os incisivos superiores decíduos, logo após a sua erupção, que ocorre geralmente entre os 12 e os 24 meses de vida. De seguida são afectados os molares e caninos decíduos. Senão houver qualquer tipo de tratamento, todos os restantes dentes decíduos são afectados antes dos 4 anos. Esta doença afecta principalmente as superfícies lisas tanto vestibulares como linguais dos dentes ântero-superiores.

As cáries vão aparecendo nos dentes de leite que erupcionam com a exceção dos incisivos inferiores. O mamilo, a tetina do biberão ou a chupeta, uma vez na boca, são empurrados pela língua, protegendo os dentes do bloco ântero-inferior do contacto com substâncias cariogénicas, evitando ou atrasando o seu envolvimento por cárie.

Streptococcus mutans é o microrganismo cariogénico mais comum e as crianças com CPI apresentam 100 vezes mais do que crianças sem cáries. A contaminação por streptococcus mutans ocorre geralmente entre os 6 e os 18 meses de vida, por vezes antes da erupção dos primeiros dentes. A sua transmissão é efectuada através da saliva, por intermédio de beijos, mãos ou pele contaminadas ou de alimentos manuseados por indivíduos contaminados. Todos os factores que aumentem o tempo de duração do contacto dos microrganismos cariogénicos com a superfície dentária aumentam a probabilidade de desmineralização da mesma e do desenvolvimento da cárie. De entre os principais factores, devemos destacar a utilização do biberão ou da chupeta depois dos 12 meses, principalmente com leite ou líquidos açucarados.

Para além de microrganismos, os defeitos de esmalte, tais como a hipoplasia do esmalte, aumentam o risco à cárie dentária. Estima-se que entre 3 a 39% das crianças que nascem de parto normal sofrem de alguma forma de alteração do esmalte, valor que pode subir até aos 55 a 65% em casos de parto prematuro ou baixo peso à nascença.

Logo após a erupção do dente de leite, o esmalte apresenta superfícies que se encontram ainda nos estádios finais de calcificação, mineralização e incorporação de flúor. Esta hipomaturação temporária do esmalte dentário torna o dente mais susceptível à cárie imediatamente após a sua erupção.

Também a diminuição do fluxo salivar aumenta a susceptibilidade dos dentes à cárie, tal como qualquer modo de imunossupressão.

A CPI na dentição decídua conduz inexoravelmente à perda prematura de dentes, causando problemas de maloclusão, apinhamento dentário, patologia oclusal, alterações da erupção dentária e do desenvolvimento e crescimento dos maxilares. Esta perda precoce dos dentes de leite associada às dores à mastigação decorrentes das infecções dentárias, dificultam o normal processo de alimentação. Desta forma, é característica a perda de apetite e, eventualmente, malnutrição, podendo levar a alterações do desenvolvimento físico e intelectual e distúrbios do sono. Desta forma, a maioria das crianças que sofrem desta patologia apresentam baixos percentis de crescimento e baixos níveis de desenvolvimento intelectual, que se repercutem em pobre rendimento escolar.

Para além das complicações anteriormente descritas, as crianças com CPI apresentam em adulto uma maior propensão para o desenvolvimento de cáries e de patologias do desenvolvimento dentário.