Quer melhorar a sua Libido?
A perda de libido está relacionada com fatores biológicos, bem como com fatores psicossociais.
O aumento da obesidade, o sedentarismo, os aumentos da prevalência de doenças crónicas interferem na qualidade de vida de uma forma geral. O stress diário, o acumular de deveres profissionais e pessoais bem como a toma de medicamentos como antidepressivos, ansiolíticos e anticoncecionais tendem a diminuir o apetite sexual, interferindo na nossa disponibilidade para pensar na nossa vida íntima e alterando a produção de hormonas que auxiliam na manutenção da libido.
Tomo como exemplo a diabetes. Esta patologia tem influência em outros sistemas como o cardiovascular, neurológico e renal e muitas vezes é necessário recorrer à toma de insulina. Este desequilíbrio hormonal altera todo o funcionamento corporal (físico e emocional). Se não nos sentirmos na melhor forma é normal que a o desejo sexual diminua. Por contrário se a diabetes se encontrar controlada, com medicação e alimentação corretas, aí a libido pode estar normalizada.
A Alimentação e a libido
Relativamente à nutrição, a ingestão de alimentos menos nutritivos também afeta a libido. Não adianta comer um alimento “afrodisíaco”, se o nosso corpo não está preparado para digerir esse mesmo alimento, ou seja, se não está preparado para metabolizar esse alimento. A necessidade de recorrer de forma mais frequente a refeições pré confecionadas (cheias de aditivos alimentares de qualidade duvidosa) influencia a vida sexual, pois inflama o nosso corpo, tornando-o mais intoxicado, ácido, com menor vitalidade e influenciando processos básicos como o sono (o ideal é dormir no mínimo entre 5 a 6h/noite).
Estudos apontam que para controlar a produção de serotonina e, consequentemente de melatonina., é benéfico introduzir fontes de triptofano como:
- banana,
- abacate,
- oleaginosas,
- queijo,
- frango,
- ovos,
Para além destes alimentos se queremos que as nossas hormonas funcionem bem, devemos consumir fontes de gorduras saudáveis como:
- alimentos ricos em ómegas 3 e 6 (peixe gordo, sementes e oleaginosas),
- azeite,
A inclusão de alimentos proteicos também é importante pelo seu papel construtor, no entanto devemos privilegiar mais a proteína vegetal (leguminosas, quinoa, algas entre outras) em detrimento de proteína animal, tentando diminuir um pouco o consumo de carne.
Também é fundamental o consumo de alimentos ricos em antioxidantes (alimentos de cores vivas, como por exemplo a romã), fontes de vitaminas D e selénio – estes últimos necessitando muitas vezes de serem suplementados.
Tendo o nosso corpo equilibrado nestes micronutrientes anteriormente referidos e hábitos de vida saudáveis podemos então dar preferência a alimentos que estimulam a nossa libido como:
- a já anteriormente referida romã,
- canela,
- manjerona,
- coentros,
- espargos,
- curcuma,
- marmelo,
- moringa,
- maçã,
- uva,
- pera,
- cacau,
- endro,
- gengibre,
- malagueta,
Suplementos para melhorar a performance sexual
No caso de se tratar de um problema ser masculino, podemos melhorar a libido com a toma de:
- L-citrulina,
- geleia real,
- tribulus terrestres,
- cordyceps,
- flavonóides.
Se o problema também conjugar com situações de disfunção erétil, para além da L-citrulina a combinação com gengibre, muirapuama e guaraná, pode ser terapêutico, melhorando a circulação.
Os efeitos negativos de stress crónico também podem ser minimizados com a inclusão de:
- ginseng,
- eleutherococcus senticosus,
- rodhiola,
- ginko biloba e guaraná – quando o desempenho intelectual estiver em jogo, estas plantas poderão ser excelentes aliados,
- ginseng, eletherococcus senticosus e guaraná – têm bons resultados quando nos referimos a um cansaço mais físico.
Sedentarismo
Maus hábitos como o sedentarismo também é inversamente proporcionais à fertilidade. Até porque a prática de exercício físico também é uma forma de gerir positivamente o stress. Sendo assim é essencial mantermo-nos ativos, corrigindo maus hábitos alimentares e de estilo de vida.
Disruptores Endócrinos
Os disruptores endócrinos também podem prejudicar a libido e fertilidade atuando também na viabilidade e produção hormonal. Por isso seria importante o contacto consciente com esses mesmos disruptores como:
- isoflavonas (fitoestrogénios), nutriente encontrado na soja e derivados,
- dioxinas resultantes da combustão de matéria orgânica (madeira, carvão, petróleo),
- solventes industriais e derivados (bifenilos policlorados ou PCB, dioxinas),
- plásticos (bisfenol A ou BPA, ftalatos),
- pesticidas, herbicidas, fungicidas, fármacos, conservantes, alquilfenois,
- metais pesados como o cadmio, chumbo e mercúrio.
Em suma, evitando ou corrigindo todos os fatores que podem prejudicar a libido, podemos ter uma vida mais ativa e satisfatória.
Margarida Inácio
Nutricionista Clínicas Viver
Referências:
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