O tratamento ortodôntico é necessário quando se verificam más posições dos dentes e dos maxilares (más-oclusões), bem como problemas de ordem funcional nas estruturas orais e faciais.
Desta forma, o tratamento ortodôntico deve ser efectuado por um ortodontista e deverá promover alguns dos seguintes objectivos:
- Conseguir uma face mais harmoniosa e um sorriso mais atraente.
- Corrigir algumas assimetrias da face e melhorar a sua estética
- Melhorar a função, mastigação, deglutição, fala e expressão facial
- Alinhar dentes e maxilares restabelecendo a correcta função
- Reduzir a probabilidade do risco de fracturas dentárias quando os dentes estão muito projectados, por exemplo
- Prevenir ou melhorar a sintomatologia nas articulações temporo-mandibulares (articulações que ligam a mandibula ao crânio)
As más-oclusões são normalmente classificadas em três tipos: dentárias, esqueléticas (má-posição dos ossos dos maxilares), ou um misto das duas (dentárias e esqueléticas).
Estas situações podem ter origem em causas de natureza hereditária, ambiental ou uma combinação das duas. Na realidade, o tamanho dos dentes e das arcadas dos maxilares, assim como a relação entre eles, são características que podem ser transmitidas de pais para filhos.
No entanto, muitas vezes agravam através de alguns hábitos dos próprios pacientes que podem provocar movimentos incorrectos dos dentes e alterações na forma e posição dos maxilares, tendo repercussões negativas na estética da face.
Um destes hábitos pode ser a simples sucção digital (“chuchar no dedo”) durante vários anos.
Por norma, numa consulta de ortodontia de primeira vez o médico especialista recolhe todos os dados necessários do paciente:
- História Clínica;
- Objectivos/expectativas do paciente; aspectos que gostaria de melhorar;
- Modelos da sua boca;
- Registo fotográfico;
- Requisição de radiografias;
Após esta consulta, o ortodontista elabora um estudo, chamado estudo cefalométrico onde avalia todos os pontos a corrigir, bem como os tipos de forças e movimentos que tem que fazer para numa segunda consulta poder dar ao paciente todas as informações necessárias: tipo de aparelho(os), tempo aproximado de tratamento, previsibilidade dos resultados, etc.
