Em que é que consiste a consulta de reabilitação oral?
Reabilitação oral como o próprio nome indica é reabilitar a parte onde não há dentes. Nesta consulta deve em primeiro lugar perceber-se a expectativa e o desejo do doente.
Depois tiram-se impressões para termos os modelos da boca do paciente em gesso onde podemos planear e estudar o caso. Deve-se também tirar fotografias. Na consulta seguinte apresentamos ao paciente plano de tratamento com duas ou três alternativas de preferência com diferentes tipos de prótese e preços.
Esta consulta é importante uma vez que discutimos com o doente as vantagens e desvantagens de cada opção e ajudamo-lo a escolher o tipo de reabilitação que mais se adequa às suas necessidades. É importante dar a conhecer ao doente não só o orçamento como também o numero de consultas que irá ter que fazer e o intervalo entre cada consulta. Isto permite facilitar pagamentos, é diferente pagar 1000 euros numa consulta ou ter pelo menos 1 mês para pagar…
Que tipo de alternativas de reabilitação os pacientes podem ter?
Os doentes podem optar por soluções removíveis e fixas. As próteses removíveis são próteses que podem ser acrílicas ou esqueléticas e os pacientes têm que as tirar e por enquanto que as próteses fixas podem ser sobre os seus próprios dentes ou sobre implantes e ficam sempre fixas sem haver a necessidade de as retirar para higienizar
Quais as vantagens das próteses fixas relativamente às próteses removíveis?
As próteses fixas apresentam uma maior facilidade de adaptação relativamente às removíveis umas vez que funcionam como os dentes naturais e higienizam-se normalmente como os dentes. São mais fáceis e mais comodas para comer, falar, etc. A única desvantagem é o custo.
Qual o número aproximado de consultas necessárias para efectuar uma prótese?
Para efectuar uma prótese tanto fixa como removível são necessárias aproximadamente 5 consultas. Uma primeira consulta de impressões iniciais, depois uma outra para impressões definitivas, na terceira faz-se a primeira prova da infra-estrutura da prótese, na quarta é necessário fazer uma segunda prova para avaliar a cor, a adaptação e posição dos dentes e na última finalmente é a entrega da prótese. Estas consultas normalmente devem ter um intervalo de 1 semana.
Qual a consequência da falta de dentes?
– Os espaços com falta de dentes ao longo do tempo fazem com que a face perca tonicidade criando zonas de rugas e as “covinhas” nas bochechas que as senhoras tanto se queixam
– Os pacientes com falta de muitos dentes perdem o que se chama dimensão vertical, isto é, perdem a dimensão que é necessária entre o maxilar superior e inferior que dificulta posteriormente a colocação de dentes com consequências negativas na estética da face e dos lábios
– A perda de dimensão vertical consequência da falta de dentes ao longo do tempo também faz com que o sorriso fique invertido dando ao rosto um ar triste e “carregado”
– As comissuras labiais (“cantos da boca”) nos pacientes com falta de muitos dentes têm tendência a acumular mais saliva e consequentemente a ganhar mais facilmente feridas crónicas por contaminações por fungos (queilite angular), vulgarmente conhecida por boqueira
– As zonas com falta de dentes tendem a perder osso muito facilmente o que dificulta posteriormente a colocação de um prótese principalmente quando suportada por implantes dentários
Há também o risco de provocar muitas alterações na posição dos outros dentes:
– Os dentes adjacentes em direcção ao espaço com ausência do dente têm tendência a inclinar
– Os dentes oponentes em direcção ao espaço sem dente têm tendência a extruir , isto é, a caminhar na tentativa de encontrarem um contacto que leva muitas vezes à exposição da raiz dos dentes podendo criar sensibilidade dentária e/ou mobilidade dos mesmos
– Afastamento de todos os dentes provocando o aparecimento de diastemas múltiplos (“espaços entre os dentes”)