A microscopia de campo escuro permite determinar a tendência de doenças e défices. É um excelente complemento de diagnóstico e consiste na avaliação qualitativa de uma amostra de sangue vivo relativamente à morfologia das células sanguíneas e outros elementos existentes no sangue.
Como funciona a avaliação do sangue por microscopia de campo escuro?
O campo escuro funciona com base na observação do objeto a partir de luz dispersa, sem luz direta no condensador do microscópio, produzindo-se um objeto brilhante contra um fundo preto. O olho humano é sensível apenas ao brilho e cor, por isso o campo escuro constitui uma mais valia por emitir uma imagem contra um campo que intensifica o contraste.
Informe-se e beneficie das mais valias da Microscopia de campo escuro
Como surgiu a Microscopia de campo escuro?
O microscópio de sangue vivo em campo escuro (MCESV) é uma técnica que tem sido usada e desenvolvida por vários pesquisadores ao longo dos anos, como Robert Bradford e Henry Allen, Hemaview, Dr. Michael Coyle.
Vários outros cientistas, como Antoine Béchamp, Gaston Naessens, Günther Enderlein, Royal Raymond Rife e Emanuel Ravici, chegaram a conclusões muito diferentes sobre a causa da doença, contrariando a teoria de Pasteur que defende o monomorfismo, ou seja, que os microrganismos são imutáveis e o terreno envolvente não interessa na sua origem. Para Pasteur, os microrganismos não alteram a sua morfologia, pressupondo um meio definido (infeção). Contrariamente, na teoria do Pleomorfismo, os microrganismos alteram a sua morfologia para se adaptarem ao meio (simbiose).
Béchamp foi o primeiro a publicar dados sobre a microscopia de campo escuro com sangue vivo no seu livro “O Terceiro Composto do Sangue”. Segundo Béchamp, a célula não é a unidade mais pequena e básica de vida, mas sim as pequenas partículas coloidais a que chamou microzimas, que vivem dentro das nossas células e que sob determinadas condições (terreno) podem evoluir para vírus, bactérias e organismos superiores (leveduras e fungos).
O Prof. Gunther Enderlein foi sem dúvida o grande impulsionador desta técnica. Este microbiologista dedicou 65 anos da sua vida na investigação do ciclo de vida dos microrganismos, com base no estudo e observação do sangue vivo com ajuda do Microscópio de Campo Escuro “Darkfield”. Esteve por trás da descoberta do ciclo de vida dos micróbios dentro do nosso organismo (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, tecidos, sangue e linfa) e da compreensão do seu relacionamento com o aparecimento, desenvolvimento e causa de numerosas doenças crónicas degenerativas.
O que permitiu a técnica de avaliação por microscopia de campo escuro a sangue vivo?
O desenvolvimento desta técnica permitiu que Enderlein descobrisse que todas as células vivas contêm um tipo de microrganismos a que chamou de Endobionte.
Segundo Enderlein, a doença é o desenvolvimento ascendente do endobionte para formas parasitárias que envenenam o metabolismo do seu hospedeiro. As suas variações na sua quantidade em células sanguíneas, noutros componentes do sangue, incluindo micróbios, e na sua morfologia, refletem alterações de um estado normal de saúde, fornecendo indicações sobre que fatores podem estar implicados na origem de problemas de saúde dos pacientes.
Agradecimento à 2MFarma e Biotop.
- Creighton, E.T. (1978) U.S. Dept Health and Human Services, Venereal Disease
- Offenbacher, S et al (1988) J Clin Periodontol 15, 53.
- Spivak (1982) Arch Intern Med 142, 2111