alimentos_protetores_cerebraisDe todas as alterações que se associam normalmente à idade, uma das mais preocupantes é a manutenção do bom estado do nosso cérebro, o que inclui a memória, capacidade de atenção, agilidade mental e outros fatores relacionados com a parte cognitiva. O envelhecimento precoce do cérebro bem como as doenças degenerativas neurológicas têm por base um processo inflamatório crónico, stress oxidativo e morte celular.
Os alimentos cujos nutrientes têm uma ação anti-inflamatória e antioxidante exercem um efeito protetor ajudando a manter a atividade cognitiva normal.
Por outro lado, alimentos inflamatórios, pro oxidativos promovem níveis inflamatórios no tecido nervoso que contribui para a sua deterioração, morte celular e envelhecimento cerebral.
Uma dieta rica em antioxidantes ajuda a combater o stress oxidativo determinante para a degeneração do tecido nervoso.
As frutas, verduras, legumes, cereais integrais são ricos nestes compostos antioxidantes. Os vegetais devem ser ingeridos crus e cozidos ao vapor para não perderem a sua riqueza nutricional. Deve Incluir vegetais de várias cores abrindo o leque de antioxidantes, dar especial atenção para os da família dos roxos / avermelhados muito ricos empolifenois com grande poder antioxidante – frutos vermelhos, beterraba, couve roxa, beringela, uvas.
Vinho tinto, chá verde, cacau, alho, são também alimentos muito importantes da dieta anti oxidativa.
Os alimentos com ação anti-inflamatória, como o gengibre, curcumina, (açafrão) devem também fazer para da alimentação de quem se preocupa em proteger o seu cérebro e a sua função cognitiva.
Um 3º grupo muito importante são os ácidos gordos poli insaturados.
70% do nosso cérebro é gordura , sem ela os neurónios perderiam a sua função. Os ácidos gordos polinsaturados, em especial os ómega 3 que, para além da ação anti-inflamatória por inibição de citoquinas inflamatórias e indução de substâncias anti-inflamatórios (prostaglandinas e tromboxanos), têm uma função importante na neuro proteção,neuro plasticidade e aumento da conexão neuronal.
Acontece que nos últimos anos tem havido uma enorme alteração na ingestão de gorduras com diminuição das gorduras saudáveis e aumento da ingestão de gorduras saturadas, hidrogenadas e inflamatórias, tão presentes na Western Nutrition como fast food, alimentos industrializados, fritos e pré-fritos.
Como sabemos os peixes gordos são ricos em gorduras polinsaturadas, ómega 3, por isso devem fazer parte da nossa alimentação e ser ingeridos pelo menos 3 vezes por semana. Devemos ter em conta que os peixes mais pequenos são mais aconselhados na proteção cerebral pelo menor conteúdos em contaminantes como o mercúrio, que é intoxicante cerebral.
O azeite de azeitona, de camelina, óleo de colza são outras gorduras saudáveis que devemos incluir na nossa dieta habitual.
Os frutos secos, sem sal e não tostados, são também ma ótima fonte de Ómegas além do conteúdo em Vitamina E e Magnésio. A noz, que por sinal tem a forma do nosso cérebro, é um alimento que reúne várias nutrientes vitais na conservação do tecido e função neuronal.
Os ovos enriquecidos em ómega 3, são ricos em colina, aminoácido interessante na formação de novos neurónios.
A alimentação inteligente deve também aportar todos os nutrientes essenciais para o funcionamento opimo cerebral, como Manganésio, Lítio, Magnésio, Ferro, Zinco. Vitaminas do grupo B1 B2, B3, B5 , B6 B7 , B12, Vitamina C e Vitamina E.

 

SAIBA MAIS SOBRE ESTE TEMA NA ENTREVISTA DA DRA. ALEXANDRA VASCONCELOS À RÁDIO SIM:

O que faz com que o nosso cérebro envelheça?