Alimentação Biológica e as vantagens para a saúde

O conceito de alimentação biológica é muito fácil de definir: é composto por todo o tipo de alimentos que não podem conter pesticidas, adubos químicos de síntese nem organismos geneticamente modificados. Devem, também, ser produzidos num regime que preserve o ambiente de poluentes e, no caso dos animais, pautar-se por regras que respeitem o seu bem-estar.

A importância da Alimentação Biológica

Na época que vivemos, a preocupação com a saúde implica um imperativo de segurança alimentar e a indispensabilidade de fazer um consumo consciente e responsável. Nós somos aquilo que comemos e a escolha dos alimentos deve ser uma opção informada e preocupada não só com o nosso próprio bem-estar, mas também com a preservação do planeta e, acima de tudo, das gerações futuras.

Desde meados dos anos 80 do século XX que surgiu uma espécie diferente de preocupação em relação ao que comemos. É quando começa a surgir um número cada vez maior de agricultores que optaram por uma forma diferente de produzir alimentos e de criar animais: é a agricultura biológica, ou como é referida em termos anglo-saxónicos, a agricultura orgânica.

As vantagens desta nova abordagem na forma de produção de alimentos são inegáveis pela maior riqueza vitamínica, mineral e antioxidante, por contribuir para um stress oxidativo mais controlado, pelo menor aporte tóxico, por favorecer a desintoxicação hepática e por otimizar o perfil inflamatório.

Torna-se cada vez mais imperativo a criação de uma corrente de opinião que alerte para a necessidade de criação de uma consciência da importância que este tipo de alimentos tem para a saúde humana.

Apesar de haver diferença entre os produtos locais e os produtos biológicos (o que é local pode não ser biológico e o que é biológico pode não ser local) a união destas duas categorias é determinante para um maior poder económico local, uma maior sustentabilidade do negócio e, sobretudo do ambiente. A prática desta dualidade local/biológico assume consequências a diversos níveis que não podem ser ignoradas:

  • A  aproximação do produtor agrícola da sua comunidade;
  • Uma melhor  saúde das novas gerações ao consumirem alimentos livres de resíduos;
  • A não existência de transgénicos de forma direta e indireta (nos alimentos convencionais processados não há controlo de todos os componentes e muitos são transgénicos)
  • Menor consumo de pré-cozinhados e alimentos processados;
  • Consciencialização das gerações mais novas da importância da alimentação, no sentido de preservar o meio ambiente para se preservarem os alimentos;
  • Defesa do ambiente e aposta na solidariedade: a agricultura biológica é social e aposta na integração;
  • Incentivo à agricultura fomentando a criação de redes e parcerias
  • Combate à desertificação das zonas rurais.

Sempre que procedemos ao reabastecimento da nossa despensa ou do nosso frigorífico, deveremos ter em atenção a origem, a forma de produção, a data de validade e, nunca esquecer, a composição de cada um dos alimentos ou bebidas que colocamos no carrinho das compras.