Aflatoxinas, um inimigo à espreita na nossa melhor alimentação!

Aflatoxinas, um inimigo à espreita na nossa melhor alimentação!

Nos dias atuais não existe ninguém que ainda não se tenha apercebido da importância de optarmos pelos alimentos ditos “biológicos”, que ganham cada vez mais terreno nas prateleiras de todos os supermercados, graças à maior procura e consciencialização pela população uma vez que se tratam de alimentos obtidos através de uma produção ecosustentável,
que se preocupa com a perseveração climática e dos recursos naturais, assim como o bem-estar animal.
Existe no entanto, um inimigo à espreita em alguns dos alimentos mais procurados nesta categoria, que por serem produzidos com limitados produtos químicos sintéticos, permitem que a natureza seja capaz de invadir e produzir compostos extremamente perigosos à saúde humana. Estamos a falar de aflatoxinas!

Tratam-se de toxinas produzidas por determinadas espécies de fungos, a Aspergillus flavus e a Aspergillus parasiticus, assim como outras espécies de micotoxinas produzidas por Fusarium e Penicillum.
Estas espécies de fungos são extremamente resistentes ao calor e reproduzem-se em condições de humidade, representando um elevado risco para a saúde quando presentes nos alimentos, tais como os frutos secos, especiarias, milho e outros cereais diversos, comumente utilizadas na nossa dieta.

O sulfato de cobre é um fungicida orgânico amplamente utilizado nas agriculturas biológicas, no entanto, (pasme-se!) é menos eficaz e mais tóxico para as pessoas, pequenos mamíferos, minhocas, aves e peixes, comparativamente ao seu equivalente
sintético Ditiocarbamato; aumentando não apenas o risco de desenvolvimento de micotoxinas mas ainda a produção de outras toxinas antimicrobianas, pela própria planta enquanto mecanismo de defesa, sendo algumas destas mais prejudiciais aos seres humanos do que o anti-fúngico sintético que as poderia combater (DeGregori, 1996 citado por Riches E., 2013).
Desta forma, estaremos todos a privilegiar uma alimentação biológica em prol da ecosustentabilidade comportando riscos elevados de contaminação fúngica e ingestão de toxinas, prejudiciais à nossa saúde?
A resposta não é certa! Da mesma forma que existe a comparação relativamente à eficácia de vários tipos de fungicidas, existem igualmente estudos que demonstram não existir diferença significativamente estatística nos níveis de contaminação fúngica entre amostras alimentares de produção orgânica e convencionais, ainda que tenham sido identificados em ambos a existência das espécies de fungos acima referidas (Gourama H., 2015); ou seja, é inevitável a nossa exposição à aflatoxina independentemente do tipo de agricultura realizada.

Fungo do género Arpergilus Fonte: FAO - Food and Agriculture Organization of the United Nations
Fungo do género Arpergilus Fonte: FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations

A questão é que a problemática das aflatoxinas vai muito além dos campos agrícolas – é na fase de armazenamento que o problema se agrava pelo risco de humidade aumentada, podendo ainda desenvolver-se nas fases de embalamento, transporte, no local de venda e consumo do produto, e inclusive em casa do consumidor.

Milho com micotoxinas visíveis
Fonte: FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations
Nozes contaminadas
Nozes contaminadas com aflatoxinas
Fonte: Organização Mundial de Saúde

Mas afinal qual o problema desta aflatoxina?

A contaminação em humanos pode ocorrer sob duas formas – através da via alimentar, pela ingestão de alimentos contaminados, ou através da via pulmonar pela aspiração.
O contacto entre a célula humana e a aflatoxina provoca quatro mecanismos base de todas as manifestações clínicas:
– Apoptose, ou seja um processo em que a própria célula se auto-destrói até à sua morte;
– Inibição de ácidos nucleicos DNA e RNA, fundamentais à boa reprodução celular, levando portanto risco de mutações genéticas e cancro;
– Redução da síntese proteica a nível dos ribossomas celulares, conduzindo a estados de desnutrição celular, desregulação hormonal, deficiente manutenção tecidular, afetando portanto todo o nosso funcionamento biológico;
– Instabilidade da membrana celular, levando a danos na própria célula.

Dessa forma, a aflatoxicose – intoxicação pela aflatoxina, pode ser aguda, subaguda ou crónica, manifestando-se nas mais variadas formas e nos diversos sistemas orgânicos:
Digestivo – diarreia, obstipação, dificuldade na digestão e absorção proteica e lipídica, gastroenterites;
Renal – patologias de diferentes graus, até à insuficiência;
Imune e endócrino – esplenomegália (aumento do baço) e redução da imunidade geral, hiperestrogenismo (produção excessiva de hormonas sexuais femininas com todo um consequente desequilíbrio hormonal), dores de cabeça, alergias;
Sistema nervoso – depressão, alterações do sono e alteração de comportamento;
Sistema reprodutor – redução quantitativa de espermatozóides e infertilidade, diminuição do crescimento fetal e baixo peso nos recém-nascidos.

Salienta-se no entanto que o órgão descrito como o mais afetado é sem dúvida o fígado tendo sido encontradas desde alterações mais comuns, como a esteatose hepática (comumente conhecido como “fígado gordo”), até danos mais graves como necrose aguda, cirrose e carcinoma hepático que se acompanham de uma série de sintomas típicos:
náuseas, vómitos, icterícia (pele amarela), abdominalgia (dor abdominal), anorexia e/ou edemas das extremidades.
Além de uma série de alimentos que estão na base da alimentação humana, a própria ingestão pelos animais, de rações contaminadas produz um estado de intoxicação nestes, que por sua vez, também constituem fonte alimentar para os humanos.

A Agência Internacional de Pesquisa no Cancro (IARC – International Agency for Research on Cancer), enquanto organismo da Organização Mundial de Saúde, classificou já em 2012 as aflatoxinas enquanto carcinogénico de Classe I para os humanos, ou seja, é um composto com relação direta no desenvolvimento de cancro no fígado nos seres humanos (e não apenas uma “probabilidade de” ou “possibilidade de” que corresponderiam a outras classes de carcinogénicos humanos).
Apesar deste enorme alerta, a frequência relativa de aflatoxicose em humanos é ainda desconhecida. A pouca informação relativamente a estes casos deve-se à imensa variabilidade de sinais clínicos que levam a dificuldade diagnóstica, à dificuldade na correlação entre os dados clínicos e a sua relação com a dieta, assim como à ineficácia dos sistemas de vigilância das regiões onde os níveis de contaminação são mais elevados.

Nesse sentido, vários estudos têm sido conduzidos por instituições máximas de controlo alimentar. Num parecer científico emitido pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar – EFSA (European Food Safety Authority) sobre o efeito na saúde pública de um possível aumento do nível máximo de “aflatoxina total” em amendoins e produtos transformados derivados destes (originários de países europeus), concluiu um risco aumentado e excessivo no desenvolvimento de cancro, para estes consumidores, particularmente crianças e jovens que foram identificados enquanto população mais exposta.
No que diz respeito à contaminação de seres humanos pela via pulmonar, existe já identificada uma patologia, designada por Aspergilose, que tal como o nome indica é provocada pela inalação do fungo Aspergillus, o que habitualmente (e em quantidades mínimas) é inofensivo para pessoas saudáveis mas pode ser mortal para pessoas
imunodeprimidas.

No entanto, e para nossa tranquilidade, o contacto com esta toxina é minimizado pela capacidade natural que o nosso organismo tem de se proteger eliminando organismos estranhos e desintoxicando-se de toxinas existentes; para tal é essencial potencializar estas capacidades mantendo bons níveis de funcionamento do sistema imunitário e dos nossos emunctórios, ou seja, de todas as vias que promovem a eliminação do nosso organismo, tais como o intestino, sistema renal, pulmões, pele e de forma indireta, o fígado pela sua capacidade de processar e filtrar o sangue.

O que podemos então fazer?

As palavras-chave são “Prevenção e vigilância”! Vamos por partes:
Prevenção a dois níveis: potencializando o funcionamento do nosso organismo e prevenção com vigilância na redução à exposição da aflatoxina.
Prevenção – Maximizar o poder de desintoxicação do nosso organismo
Quanto maior a proliferação do fungo, maior a concentração liberta de micotoxina, assim, quanto mais rapidamente o nosso organismo o eliminar, menor será a exposição à mesma.
Para tal, como acima referido é fundamental manter os nossos emunctórios no seu melhor desempenho:

  • Certifique-se junto do seu naturopata que mantem uma permeabilidade intestinal adequada, evitando a passagem para a circulação sanguínea de substâncias e microrganismos que irão desencadear uma ativação do sistema imunitário e uma resposta exagerada do mesmo com inflamação, podendo ainda manifestar-se através de sintomas auto-imunes, dores articulares e musculares, e/ou localizados a nível intestinal com distensão e desconforto abdominal frequentes.
  • Mantenha uma flora intestinal adequada ao seu perfil, que permita idas regulares e eficazes ao sanitário evitando a proliferação de uma flora intestinal putrefacta que é prejudicial ao ponto de se manifestar em infeções urinárias, vaginais ou
    problemas cutâneos – mantendo bactérias protetoras em elevado número no seu organismo evitará a multiplicação das que são prejudiciais e de outros microorganismos, como os fungos. Além de um pró e prébiótico adequado ao seu perfil, estudos recentes demonstram que o consumo de alimentos fermentado, tais como miso, umeboshi, chucrute, kombucha e pickles, reduzem a contaminação de aflatoxinas em larga escala.
  • Mantenha uma alimentação e hidratação que resguarde um bom funcionamento renal.
  • Proteja os seus pulmões – não se exponha ao fumo do tabaco ou outros gases tóxicos, reserve tempo regularmente para respirar ar puro em florestas e jardins, utilize algumas gotas de óleo essencial de eucalipto no duche, realize lavagens nasais.
  • Mantenha a sua pele limpa: utilize exfoliantes naturais, se utilizar cosmética opte por produtos biológicos, utilize um creme hidratante suave, biológico e que contenha um pH adequado à sua pele.
  • Purifique e desintoxique o fígado pelo menos 2 vezes por ano, seguindo as recomendações do seu naturopata.

Ainda que não se considere enquanto via de eliminação, não podemos deixar de referir a importância de manter um pH estomacal adequado, uma vez que se trata da primeira barrega protetora do sistema digestivo na eliminação de microrganismos estranhos, e portanto fundamental no combate de possíveis fungos que possam existir nos alimentos.
Outra medida preventiva, prática e natural é a suplementação diária de clorofila, que já demonstrou cientificamente ter a capacidade de reduzir a biodisponibilidade da aflatoxina, prevenir o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular, entre outras
patologias induzidas pelo seu consumo.

Prevenção e Vigilância – Reduzir a exposição

Este ponto é essencial pela elevada capacidade que a toxina tem em permanecer nos alimentos mesmo após altas temperaturas de cozimento, que podem matar o fungo mas não inativa as toxinas libertas pelo mesmo.
É importante salientar que esta situação fica agravada quando os tipos de confeção privilegiados são as baixas temperaturas ou o crudivorismo, ainda que sejam plausíveis todos os benefícios deste tipo de alimentação ao nível da preservação dos nutrientes.
Não sendo possível eliminar a 100% a presença de micotoxinas nos alimentos, o teor limite de aflatoxinas permitido é regulamentado1, tanto no conjunto dos vários grupos de aflatoxinas designadas por B1, B2, G1 e G2; assim como o teor individual da aflatoxina B1 que é considerada a de maior risco para a saúde humana.
Anualmente são recolhidas e analisadas, pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), amostras dos seguintes géneros alimentícios para controlo destes teores máximos:

  • Amendoins
  • Frutos de casca rija
  • Frutos secos
  • Cereais e todos os produtos derivados destes
  • Milho
  • Leite cru, leite tratado termicamente e leite para o fabrico de produtos lácteos
  • Especiarias das seguintes espécies: Capsicum spp. (o fruto seco, inteiro ou triturado, incluindo a malagueta, a malagueta em pó, a pimenta de caiena e o pimentão doce), Piper spp. (pimenta branca e a pimenta preta), Myristica fragrans (noz moscada), Zingiber officinale (gengibre), Curcuma longa (curcuma).
  • Alimentos à base de cereais transformados e alimentos para bebés destinados a lactentes e crianças jovens
  • Fórmulas para lactentes e fórmulas de transição, incluindo leite para bebés e leite de transição
  • Alimentos dietéticos destinados a fins medicinais específicos especificamente destinados a lactentes

Todos os géneros alimentares supracitados estão sujeitos a análise anual pela ASAE, no entanto, pelos frequentes elevados níveis de humidade, poderão ainda ser encontrados em algumas frutas tais como uvas, frutos silvestres, sementes de linhaça, ervilhas, sementes de abóbora, feijões de soja, arroz, grãos de cacau, cana do açúcar, tomate e vegetação diversa em decomposição. Muitos destes alimentos ainda não sujeitos a análise anual, são objeto de investigação bioquímica muito recente, todos com presença de aflatoxinas, onde as pessoas obtêm grande parte de sua ingestão calórica diária pelo milho uma vez que este constitui um dos grãos mais afetados pela micotoxina.

A FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations – Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) desenvolveu em 1994 um Código Internacional de Práticas de Higiene Recomendada para Nozes (CAC / RCP 6-1972) (FAO / WHO, 1994b) e um programa de prevenção de contaminação fúngica e produçãom de aflatoxina que considera várias etapas desde o cultivo até a colheita, manuseio póscolheita, secagem, armazenamento pós-secagem, processamento, armazenamento pósprocessamento, transporte e comercialização. Todas estas práticas deverão ser tidas em conta pelos produtores, transportadoras e comerciantes; no entanto, o consumidor necessita estar alerta e para tal, o Departamento de Segurança Alimentar e Zoonoses da Organização Mundial de Saúde (2018) aponta medidas preventivas que o consumidor
deve ter em consideração e que se revelam a seguir:

  • Inspecionar cuidadosamente todos os grãos inteiros e nozes de forma a verificar a possível existência de descoloração, de um aspeto enrugado, de “bolor” ou “mofo”, uma espécie de pó (que na verdade é o fungo) com uma tonalidade amarelado-esverdeado, com cheiro típico de humidade (evite cheirar se já visível de forma a não aspirar os esporos do fungo), devendo deitar fora de imediato uma vez que a toxina penetra profundamente no alimento não se cingindo apenas à superfície;
  • Comprar os géneros alimentícios o mais fresco possível; e de preferência perto da zona de compra evitando produtos que tenham sido armazenados e transportados durante muito tempo;
  • Comprar apenas “marcas respeitáveis”, particularmente no que diz respeito às manteigas de oleaginosas que são dos produtos com maior probabilidade de conterem estas micotoxinas. Diríamos até que o ideal será o leitor realizar a sua própria manteiga de amendoim/noz/caju/amêndoa bastando apenas torrar o grão no forno alguns minutos e triturar num processador de alimentos até obter uma consistência cremosa;
  • Certifique-se de que os alimentos são armazenados em ambiente seco e não são mantidos por longos períodos de tempo antes de serem utilizados;
  • Mantenha uma dieta diversa, reduzindo assim a exposição à aflatoxina e
    melhorando o seu estado nutricional e saúde em geral.

Conclusão
Todas as doses de contacto da aflatoxina têm um efeito acumulativo na saúde, com o risco de desenvolvimento patológico ligeiro a grave. Até ao momento, não existe uma forma de produção agrícola ou de manuseamento posterior que permita garantir ao consumidor a inexistência de micotoxinas. Desta forma, a comunidade científica e diversas
instituições à escala mundial tem os olhos voltados para este problema de saúde pública.
O consumidor, tem um papel fundamental na observação e seleção dos seus alimentos, devendo estar informado das melhores opções ao seu alcance, assim como das diferentes estratégias de saúde naturais que permitam manter o seu organismo num nível máximo de equilíbrio e defesa imunitária.
As Clínicas Viver dispõem de uma equipa multidisciplinar, alerta para todas as questões que estão na mira científica atual, procurando conjugar neste conhecimento, estratégias holísticas tradicionais com métodos avançados e tecnológicos de diagnóstico e tratamento.

Autora:
Sónia Godinho – Natural Health Coach nas Clínicas Viver®
– Formação Avançada em Naturopatia pela Escola Superior de Saúde Ribeiro Sanches (4 anos – 240 ECTS)
– Terapeuta de Reflexologia e Hidroterapia do Cólon
– Licenciada em Enfermagem
– Mestre em Cuidados Paliativos, na área da comunicação/counselling

Fontes:
• Organização Mundial de Saúde
• Departamento de Segurança Alimentar e Zoonoses da Organização Mundial de Saúde
• IARC – International Agency for Research on Cancer – Organização Mundial de Saúde
• Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
• Regulamento (CE) nº1881/2006 da Comissão, de 19 de dezembro de 2006 que fixa os teores máximos de certos contaminantes presentes nos géneros alimentícios
• Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
• © 2018 European Food Safety Authority. EFSA Journal published by John Wiley and Sons Ltd on behalf of European Food Safety Authority.
• FAO – Food and Agriculture Organization of the United Nations
• Riches E. (2013) Organic Food – The Hazard of Mycotoxins, retirado de CABI – Nutrition and Food Sciences através do website https://www.cabi.org/nutrition/news/11833
• Gourama H. (2015) A Preliminary Mycological Evaluation of Organic and Conventional Foods – Food Protection Trends; Vol 35, No. 5, p.385-391;
• International Association for Food Protection
• Wacoo AP; Mukisa IM; Meeme R.; Byakika S.; Wendiro D.; Sybesma W. e Kort R. (2019) Probiotic Enrichment and Reduction of Aflatoxins ina Traditional African Maize-Based Fermented Food. Nutrients Jan 25; 11(2) pii: E265. doi: 10.3390/nu11020265.
• Alshannaq AF.; Gibbons JG.; Lee MK.; Han KH.; Hong SB.; Yu JH (2018) Controlling aflatoxin contamination and propagation of Aspergillus flavus by a soy-fermenting Aspergillus oryzae strain. Scientific Reports. Nov 15;8(1):16871. doi: 10.1038/s41598-018-35246-1.
• Egner PA.; Wang JB.; Zhang BC.; Wu Y.; Zhang QN.; Qian GS.; Kuang SY.; Gange SJ.; Jacobson LP.; Helzsouer KJ.; Bailey GS.; Groopman JD.; Kensler TW. (2001) Chlorophyllin intervention reduces aflatoxin-DNA adducts in individuals at high risk for liver cancer. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America Dec 4;98(25):14601-6. Epub 2001 Nov 27.